quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Um espelho enche uma casa repleta de solidão.O relógio dá as 12 badaladas. O gelo derrete num copo de wisky ainda por beber. A mulher espera. Olha-se ao espelho e espera que o reflexo se torne nítido. Aquela que vê reflectida no espelho não é ela. É um corpo estranhamente conhecido, completamente nú... um corpo que encerra o sofrimento, o desejo, o amor, o ódio, a indeferença, a escravidão. Um corpo que quer ser possuido, maltratado, amado, rasgado. Um corpo que se arrasta pela sala esperando que esta se encha, não interessa de quê. Um corpo que espera o nascimento de uma mulher que se ama com outros homens para se encontrar.

1 comentário:

joão matos disse...

No fundo todos somos assim :) sempre esperamos algo que não temos.
O importante acho que é termos algo que não esperamos e aproveita-lo :)

bj